10 setembro 2009

Descoberto motor flexoelétrico no interior do ouvido




Pesquisadores norte-americanos descobriram "motores flexoelétricos" no interior do ouvido humano, usados para amplificar o som mecanicamente.

"Nós estamos relatando a descoberta de um novo motor em nanoescala no ouvido,"' diz Richard Rabbitt, um dos autores da descoberta. "O ouvido tem um amplificador mecânico em seu interior que usa energia elétrica para fazer amplificação mecânica.

Motor elétrico biológico


O motor elétrico biológico fica em pequenas células tubulares chamadas estereocílios, parecidas com pelos, localizadas no ouvido interno. Quando as ondas sonoras que chegam ao ouvido, elas fazem esses túbulos balançarem, o mecanismo dos motores flexoelétricos entra em funcionamento e amplificam o som, ampliando nossa capacidade de audição.


"É como a direção de um carro," explica Rabbitt. "Você gira o volante e adiciona potência mecânica. Aqui, o som que chega faz o papel das suas mãos girando o volante. Mas, para virar, você tem que fazer força. Esses aglomerados ciliares adicionam a potência necessária ao som."

O grupo do Dr. Rabbitt ainda especula que a conversão flexoelétrica, que transforma a eletricidade em trabalho mecânico, pode estar envolvida em outros processos em nosso organismo, como na formação da memória e até mesmo na digestão.

Funcionamento do motor flexoelétrico

Quando o som entra na cóclea e alcança essas minúsculas células tubulares - os estereocílios - a pressão do som faz com que elas balancem de um lado para o outro, como se fossem um bambu ao vento.

Os túbulos estão interconectados por seus topos, unidos por filamentos de proteína. No ponto onde cada filamento entra em contato com a extremidade de cada túbulo, há um canal iônico que abre e fecha conforme os estereocílios balançam para um lado e para o outro.

Quando o canal se abre, íons de cálcio e potássio fluem para os túbulos. Isso altera a tensão ao longo da membrana que envolve cada estereocílio, fazendo os túbulos flexionarem-se e dançarem ainda mais.

Esse movimento mecânico de balanço amplifica o som e, em última instância, libera neurotransmissores na base das células tubulares, enviando o sinal elétrico equivalente ao som pelos nervos até o cérebro.

O mecanismo da flexoeletricidade era conhecido há várias décadas, mas acreditava-se que ele só ocorresse em membranas. O que os pesquisadores notaram é que os estereocílios são, na verdade, membranas enroladas.

Fonte:
Redação do Site Inovação Tecnológica
Bibliografia:

Hair Cell Bundles: Flexoelectric Motors of the Inner Ear
Kathryn D. Breneman, William E. Brownell, Richard D. Rabbitt
PLoS ONE
Vol.: 4(4): e5201
DOI: 10.1371/journal.pone.0005201

06 setembro 2009

Anvisa proíbe cigarro eletrônico

Anvisa proíbe comércio e importação de cigarro eletrônico

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu formalmente o comércio e a importação do cigarro eletrônico, dispositivo eletrônico usado para simular o ato de fumar. A resolução publicada no Diário Oficial da União de hoje (31) é resultado de decisão tomada em reunião da Anvisa na última terça-feira (25).

A proibição de produtos que se apresentem como alternativa ao tratamento do tabagismo é válida para todo o país e levou em consideração a falta de comprovação científica sobre a eficácia e segurança do produto. O cigarro eletrônico nunca teve registro no país. Depois de uma consulta pública, que contou com a participação de órgãos de defesa do consumidor, a Anvisa decidiu pela proibição.

O cigarro eletrônico é invento da empresa chinesa Golden Dragon Group, como alternativa ao tabagismo. Formado por um inalador, um cartucho, um chip e uma bateria recarregável, tem aparência semelhante ao cigarro convencional e emite um vapor não prejudicial à saúde. Mas em análise realizada pela Organização Mundial da Saúde, descobriu-se diversas substâncias tóxicas envolvidas em sua fabricação o que levou a organização a aconselhar sua proibição.

De acordo com estudos realizados pela FDA, agência equivalente à Anvisa os Estados Unidos, os dispositivos do cigarro eletrônico são 1,4 mil vezes menos cancerígenos do que o cigarro convencional, mas contém diversos produtos químicos que podem trazer danos à saúde, como o nitrosamina e dietilenoglicol, substâncias cancerígenas que servem para dar sabor ao fumo. Por isso, o cigarro eletrônico também está proibido nos Estados Unidos.

Fonte:
Anvisa

IQUEGO produzirá Oseltamivir

O presidente da Iquego, Pedro Canedo, concedeu, nesta sexta-feira, na sede da empresa, entrevista coletiva para falar sobre o início da produção do fosfato de oseltamivir – princípio ativo do Tamiflu, o único remédio eficaz no tratamento da gripe A. O laboratório goiano já recebeu os sais para a manipulação do medicamento e toda a linha de produção está mobilizada para a operação, que terá início na tarde desta sexta-feira. No total serão fabricados 7.500 frascos.


A Iquego fabricará a versão suspensão oral, porque nesta apresentação o medicamento atende a crianças e adultos, ao contrário da versão em cápsulas, que serve somente aos adultos, enquanto que a maior demanda era para crianças.

A dosagem média do fosfato de oseltamivir por tratamento é de 5ml por vez, duas vezes ao dia, durante cinco dias para uma pessoa adulta e de uma vez ao dia para cada criança tratada, sendo que o que determina a dosagem é o peso do doente infantil. Já para a profilaxia – prevenção – o medicamento é administrado uma vez por dia durante dez dias. A profilaxia é indicada para os profissionais de saúde que porventura tenham tido contato com algum portador do vírus ou àquelas pessoas que estiveram próximas a alguém contaminado sem o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs).

Embora a Iquego só tenha recebido do Ministério a encomenda de um lote com 7,5 mil tratamentos, a empresa está apta a fabricar tantos lotes quantos sejam necessários, uma vez que dispõe tanto de capacidade industrial instalada, como de técnicos e profissionais habilitados a produzir o medicamento, inclusive na versão cápsula, se for o caso. A Iquego é um dos únicos laboratórios oficiais brasileiros a fabricar o oseltamivir, e sua produção foi autorizada pelo Ministério da Saúde em caráter emergencial, devido à propagação da epidemia de gripe suína pelo País, o que dispensa a concessão de registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a sua fabricação, já que se trata de uma questão de saúde pública e segurança nacional.

Toda a negociação para a fabricação do medicamento foi iniciada pelo próprio presidente da Iquego junto ao Ministério da Saúde. Nesta entrevista, Pedro Canedo vai falar sobre como será a distribuição do remédio e o que isso significa para a saúde pública em Goiás

Fonte:
Diário da Manhã
 
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