04 dezembro 2010

20 TROCAS QUE VALEM A PENA

1 Pão francês por integral

Eis uma forma de começar o dia protegendo as artérias. A massa integral presenteia o organismo com boas doses de fibras. Esse ingrediente serve de alimento a bactérias aliadas que moram no intestino. Bem nutridas, algumas delas fabricam mais propionato, uma substância que tem tudo a ver com os níveis de gordura na circulação. “Ao chegar ao fígado, ela diminui a produção de colesterol”, explica a gastroenterologista Jacqueline Alvarez-Leite, da Universidade Federal de Minas Gerais. Com isso, cai também a quantidade dessa partícula no sangue.



2 Leite integral por desnatado

Esse esquema garante a entrada do cálcio, tão caro aos ossos, sem um bando de penetras gordurosos. A bebida desnatada tem o mesmo teor do mineral, com a vantagem de ostentar menos ácidos graxos saturados. O excesso desse tipo de gordura eleva os níveis de LDL, a fração ruim do colesterol. “Isso porque reduz o número de receptores que captam LDL nas células”, ensina a nutricionista Ana Maria Pita Lottenberg, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Se esse mecanismo não funciona direito, o colesterol vaga no sangue, pronto para se depositar na parede das artérias.



3 Óleo de soja e outros por azeite

O ganho dessa troca vem da combinação entre gorduras benéficas e antioxidantes que povoam o óleo de oliva. Uma de suas vantagens é fornecer doses generosas de ácidos graxos monoinsaturados. “Eles não aumentam os níveis de LDL e ainda ajudam a erguer um pouco as taxas de HDL, o colesterol bom”, afirma o cardiologista Raul Dias dos Santos, do Instituto do Coração de São Paulo. “Além disso, os compostos fenólicos do azeite evitam a oxidação do colesterol, fenômeno que propicia a formação das placas”, completa Jorge Mancini, diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo.



4 Pizza de mussarela pelas de vegetais

A ideia pode não agradar aos fãs mais puristas das pizzarias, mas presta um enorme serviço aos vasos sanguíneos. Deixar camadas e mais camadas de queijo de lado de vez em quando significa podar gordura saturada do cardápio. Como você viu, ela protagoniza o disparo do LDL, o tipo perigoso do colesterol. Substituir a mussarela ou a quatro queijos pelas redondas cobertas de vegetais é uma saída para degustar pizzas sem receio. Opções não faltam — vale pizza de escarola, de rúcula, de brócolis e até de abobrinha. E elas oferecem um bônus: pitadas de fibras e antioxidantes.



5 Salgadinhos por castanhas

Essa troca é destinada àquele momento em que pinta a fome no meio do dia. Solução fácil, mas nada saudável, seria recorrer aos salgadinhos ou biscoitos recheados, petiscos que costumam contar com gordura trans em sua receita. “Ela não só faz aumentar o LDL como ainda contribui para derrubar o HDL”, alerta Ana Maria Lottenberg. Para escapar da malfeitora, aposte nas castanhas e nas nozes — legítimos depósitos da gordura monoinsaturada, que faz exatamente o trabalho oposto. “As oleaginosas ainda são fontes de antioxidantes”, lembra Jorge Mancini.



6 Cereais açucarados por aveia

A aveia tem fama de ser um dos cereais mais nutritivos do planeta. Por isso merece um espaço logo no café da manhã — seja na forma de flocos, seja no mingau. Um estudo da Universidade Federal de Santa Catarina comprova, mais uma vez, sua capacidade de cortar a gordura que sobra no sangue. “A aveia é rica em betaglucanas, fibras fermentadas no intestino e capazes de regular a síntese de colesterol”, explica a autora, Alicia de Francisco, que também é coordenadora para a América Latina da Associação Americana de Químicos de Cereais. “Observamos que elas ainda aumentam o HDL.”



7 Bauru por peito de peru e queijo branco

Calma, não pretendemos condenar ao ostracismo um lanche tão tradicional como o bauru. O problema é que ele deixa a desejar se as taxas de colesterol já rumam aos céus. Basta averiguar seus ingredientes: queijo prato e presunto, redutos de gordura saturada e colesterol. Que tal substituí-lo por um sanduba de peito de peru e queijo branco, que é mais esbelto do que seu congênere? Experimente. Só é preciso ficar atento ao tamanho do lanche. Ora, uma gigantesca baguete recheada pode fornecer mais calorias e gorduras do que um bauru de porte modesto.



8 Camarão por peixe

Convenhamos: frutos do mar não são tão frequentes no prato do brasileiro. Mas vale ficar atento durante aquela viagem à praia para não se abarrotar de camarões. Eles encabeçam o ranking marinho de colesterol — são 152 miligramas da gordura em uma porção de 100 gramas. Ou seja, quase o triplo do que é oferecido pela mesma quantidade de um peixe gordo como o salmão. Esse pescado se sai melhor também por outro motivo: ele é carregado de ômega-3. E uma nova pesquisa da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, revela: o ômega diminui a captação de LDL pela parede das artérias, prevenindo as placas.



9 Picanha por lombo

O porco não é mais gordo que o boi nem o boi é mais gordo que o porco. Tudo é uma questão de corte. Há peças bovinas com menos gordura saturada, caso da alcatra e do filé mignon, e há aquelas parrudas, como a picanha e o cupim. O mesmo raciocínio se aplica à carne suína: o lombo é mais magro que o pernil. Mas saiba que há medidas para retalhar o possível malefício de qualquer corte rechonchudo. “Limpe a peça antes de cozinhá-la, retirando toda gordura aparente”, ensina Ana Maria. Até porque, apesar de a gente não ver, altas doses do nutriente já estão emaranhadas na carne.



10 Manteiga por margarina

Elas mantêm uma rivalidade histórica e ainda suscitam debates entre os experts. No duelo em prol de artérias saudáveis, porém, a margarina leva certa vantagem, porque não conta com a famigerada gordura de origem animal e o colesterol. Nos últimos anos, a indústria tem acrescentado componentes à sua fórmula para torná-la mais benéfica. Entre eles, destaque para os fitosteróis, que facilitam a expulsão do colesterol pelas fezes. “Os produtos enriquecidos com essa substância são indicados a quem já tem colesterol alto”, avisa Ana Maria.



11 Quindim por compota de frutas

Os doces costumam ser condenados por carregarem açúcar demais. Quando a discussão envolve colesterol, porém, o açúcar pesa menos do que outro ingrediente comum em quindins, brigadeiros e bolos: a gordura. A manteiga, o creme de leite e outros ingredientes gordurosos que dão consistência aos quitutes levam consigo ácidos graxos saturados, que alavancam as taxas de LDL. Não à toa, os especialistas aconselham trocar esse tipo de sobremesa por opções que, sem perder o sabor adocicado, são desengorduradas. O melhor exemplo são as compotas de frutas. Só não vale, é claro, abusar



12 Suco de laranja pelo de uva

Essa é para matar a sede e resguardar o peito. É na casca da uva que está um parceiro do coração, o resveratrol. “Ele atua na redução do colesterol e tem efeito antioxidante”, diz a bioquímica Tânia Toledo de Oliveira, da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais. Ao impedir que as partículas de LDL se oxidem, a substância evita indiretamente que elas grudem na parede do vaso. Ao contrário do que muita gente pensa, o resveratrol não é exclusivo do vinho. O suco de uva natural e feito na hora (com casca, por favor!) também o disponibiliza ao organismo.



13 Chá de ervas por chá-mate

Não é campanha contra a receita da avó, mas as infusões à base de camomila e afins perdem feio para o mate se o assunto é colesterol. Que o digam cientistas da Universidade Federal de Santa Catarina, que avaliaram as propriedades dessa erva típica do sul do país. “Notamos uma queda de 8,5% nos níveis de LDL em voluntários com taxas normais e uma redução extra de 13,5% em pessoas que tomavam remédios para abaixar o colesterol”, conta o farmacêutico Edson Luiz da Silva, que liderou a pesquisa. A proeza vem das saponinas, moléculas presentes no mate. “Elas diminuem a absorção do colesterol no intestino, favorecendo sua excreção pelas fezes”, explica.



14 Cebola branca por cebola roxa

Essa troca pode ser estendida à alface e ao repolho: prefira sempre o roxo. As hortaliças com essa cor abrigam um pigmento que aplaca o colesterol, a antocianina. “Experimentos feitos em animais no nosso laboratório mostraram que ela reduz consideravelmente a concentração da gordura no sangue”, conta a professora Tânia Toledo de Oliveira, da Universidade Federal de Viçosa. “A substância inibe uma enzima que participa da síntese de colesterol no fígado, além de aumentar sua eliminação do organismo.” Morangos e cerejas, saiba, também são reservas de antocianinas.



15 Molho branco pelo de tomate

O macarrão é o mais inocente por aqui. Quem incentiva ou não a escalada do colesterol é o molho — sempre. O branco é bem gordo. Em 2 colheres de sopa encontramos 4,5 gramas de gordura. Como o preparo exige creme de leite e queijo, o prato fica cheio de ácidos graxos saturados. Uma bela macarronada ao sugo não guarda esse perigo. Nas mesmas 2 colheres de sopa, há somente 0,1 grama de gordura. “Apenas procure usar o molho de tomate feito em casa e evitar a manteiga no momento de refogá-lo”, orienta a nutricionista Ana Maria Lottenberg. E, se possível, opte pela massa integral.



16 Chocolate ao leite pelo amargo

O doce de cacau se notabilizou como um amigo do sistema circulatório. Mas não é todo chocolate que, de fato, prova sua amizade às nossas artérias. O tipo que merece respeito é o amargo. “Ele possui menos gorduras saturadas que o branco e a versão ao leite”, afirma a nutricionista Vanderlí Marchiori, colaboradora da Associação Paulista de Nutrição. “Sem falar que fornece catequinas, substâncias que ajudam a sequestrar o LDL e impedir sua oxidação”, diz. Mas fique atento ao rótulo: amargo de verdade tem mais de 60% de cacau em sua composição



17 Sal por ervas e alho

Está em suas mãos uma maneira de preservar os vasos sem deixar a comida ficar insossa: em vez de exagerar no sal, ingrediente que patrocina a hipertensão, use a imaginação e as ervas aromáticas, além de alho. “Ele tem compostos capazes de controlar o colesterol”, exemplifica Vanderlí. E ervas como o orégano e o alecrim merecem ser convidadas à cozinha por causa do seu poder de fogo contra a oxidação, um fenômeno que, você já sabe, não poupa o LDL, tornando-o ainda mais danoso para as artérias. Mas essa ação pode minguar quando os ingredientes são expostos a temperaturas elevadas. Procure acrescentá-los nos minutos finais do cozimento.



18 Frango com pele pelo frango sem pele

Muita gente pensa que basta despir uma coxa de frango assada no prato para se livrar de um boom de colesterol. Ledo engano. “Retirar a pele é, sim, fundamental, mas isso deve ser feito antes de levar a carne ao fogo”, esclarece a nutricionista Cláudia Marcílio, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo. “Quando submetidos ao calor, a gordura saturada e o colesterol da pele conseguem se dissolver e penetrar na carne”, justifica Ana Maria. Aí, será tarde…



19 Queijo pelo tofu.

A intenção não é jogar mais pedras sobre o parmesão, o provolone e até o minas, mas abrir espaço ao tofu, que é feito de soja. Ele é uma preciosidade porque concentra o que o grão tem de melhor: proteínas e isoflavonas. “A proteína da soja aumenta a atividade de receptores que colocam o LDL para dentro das células e inibe a principal enzima responsável pela produção de colesterol”, explica a nutricionista Nágila Damasceno, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. E as isoflavonas não só potencializam a queda do LDL como evitam sua oxidação.




20 Pipoca de micro-ondas pela de panela

Faz toda a diferença investir um tempo a mais para estourar o milho no fogão. “É uma forma de controlar a quantidade de gordura no preparo, porque no produto de micro-ondas ela já é fixa”, argumenta a doutora em ciência dos alimentos Maria Cristina Dias Paes, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, em Sete Lagoas, no interior de Minas Gerais. A versão que ganha na praticidade perde pontos porque carrega ácidos graxos saturados e trans. “Na panela, dá para usar um óleo mais saudável, como o de canola”, diz Cristina. Daí, você aproveita as fibras do milho, deixando seu colesterol em paz.

26 novembro 2010

MICOSES SUPERFICIAIS




Dividimos as micoses superficiais em 3 grandes grupos:
  1. Ceratofitose: cerato=referente à queratina, fito=fungo.
  2. Candidíase
  3. Dermatofitose: dermato=pele, fito=fungo.

Micoses Superficiais são doenças infecciosas causadas por fungos e que não atingem o tecido vivo, ficam restritas à camada córnea.
A camada córnea é constituída de células inviáveis, que perderam núcleo e organelas, é praticamente membrana celular e um monte de queratina compactada como um envelope.
A queratina é uma proteína hidrofílica, mas os queratinócitos possuem uma camada de gorduras (lipídeos) em sua membrana que os transformam em uma célula hidrófoba. Então, ao mesmo tempo em que ele é hidrofílico (mantém água), ele também não deixa água passar para as camadas internas e nem água sair das camadas externas.
Na pele, cada folículo pilo-sebáceo tem suas paredes constituídas de células epidérmicas, isto constitui um grande reservatório importante para a reconstituição da pele lesada.


  1. CERATOFITOSES
As ceratofitoses são incapazes de provocar qualquer resposta imunológica no indivíduo.
Tipos:
  • Pitiríase Vesicolor - Malassezia furfur
  • Piedra Branca e Negra
  • Tinea Nigra

Pitiríase vesicolor (pitirosporo orvalhe)
Agente etiolóligico: pitiros= esporo
Quadro clínico: (paciente chega dizendo que tem micose de praia)
  • Mancha/mácula hipocrômica
  • Grande área afetada, na periferia encontramos como esta doença inicia: máculas circulares (arredondadas) hipocrômicas.
  • Mácula centrada por um folículo pilo-sebáceo
  • Localização: região pré-esternal, orla do couro cabeludo, região inter escapular, ombros, ou seja, área seborréica predominantemente.
  • Lesão opaca provocada por escamas finas= furfurácea =>escamação pitiriásica
  • Bem delimitada
  • Poder ter máculas hipercrômicas (também circulares e com escamação), principalmente em áreas cobertas, ex.: área axilar. Também pode ter um caráter eritematoso, indo contra o conceito de não estimular o sistema imunológico.
- Não é uma micose adquirida na praia e sim é evidenciada pela exposição ao sol. Esta exposição estimula a produção de melanina que dará o bronzeamento da pele, aonde tem micose existe uma inibição da enzima responsável pela produção da melanina e esta pele não bronzeia, assim evidência uma micose que já existia.
- Dependendo do tempo de acometimento pode apresentar lesões em áreas secas (extremidades de membros).
A Malassezia furfur é um fungo que faz parte exclusiva e obrigatoriamente da pele humana, é lipofílica (se alimenta de gordura= glândula sebácea localizada dentro do folículo piloso, esta glândula drena sua secreção para dentro do folículo, o sebo sobe pelo folículo e espalha pela superfície=> por isso a lesão inicial é pequena e entorno do folículo).
O clima quente e úmido favorece para a pele ficar oleosa e pele oleosa tem maior chance de fazer pitiríase.
A qualidade da gordura também é muito importante.
As faixas etárias protegidas da pitiríase vesicolor são idosos e crianças antes da pré-adolescência, porque as glândulas sebáceas trabalham as custas de andrógenos. As crianças apresentam mais suor.
A pitiríase apesar de ser uma doença infecciosa não é considerada uma doença contagiosa, mas deve-se tratar o paciente. O paciente pode freqüentar qualquer ambiente clubístico e exercício pelema pele.
A mancha leva muito tempo para desaparecer, mesmo o paciente estando curado.
Diagnóstico laboratorial: evidenciar o agente na lesão, então faz exame micológico direto de escamas da lesão (+ diagnóstico clínico) colocando cloreto de potássio a 10% e identifica o fungo no microscópio.
Outro jeito de fazer diagnóstico é com uma fita gomada, que é grudada na lesão e depois puxa e coloca direto na lâmina e encontra: células gigantoliformes agrupadas em cachos de uva e estruturas filamentosas que são hifas septadas, esta é a descrição sugestiva de malassezia.
Diagnóstico diferencial: hanseníase, dermatite seborréica (paciente certamente terá a cabeça cheia de caspa).
Tratamento: (esfregar com bastante água e sabão seria suficiente)
  • Sulfeto de selênio a 2,5%: forma de shampoo, problema é o cheiro. Aplicar 30 minutos antes do banho, todos os dias durante 3 semanas.
  • Pirionato de zinco a 1%: shampoo ZN, é caro. Aplica durante 3 semanas durante a noite.
  • Acido salicílico + enxofre: aplica antes de dormir e tira de manhã, pode ser feita a manipulação: solução hidrocólica de ácido salicílico a 3 ou 5% (sem cheiro de enxofre).
  • Octopiroxolamina: shampoos
  • Imidazólicos (cetoconazol - Cetonax, isoconazol – Icaden- tem forma de spray): danificam o fungo sem causar problemas ao indivíduo, pega todos os fungos.
Após o tratamento a pele continua igual (branca) só que não tem descamação, o fungo não é exterminado e sim é reduzido a quantidades saprófitas. Assim o paciente precisa tornar a pegar sol.
O tratamento é da área pré-disposta, ou seja, também ao redor das lesões.
Também tem o tratamento sistêmico:
  • Imidazólicos:
  1. Cetoconazol 200mg (Nisoral, Candoral, Cetonax, genérico): é feito 10 comprimidos durante 5 dias, 2x/dia.
  2. Itraconazol 100mg (Idranax de coronox, Traconal): 2x/dia, 5 dias.
  3. Fluconazol 50, 100,150mg; capacidade de atravessar a BHE tem grande lipoafinidade: usado preferencialmente em aidéticos com candidíase ou criptococose de SNC. Vantagem de ser semanal. É muito caro, (mas existe genérico).
Vantagem: trata tanto a superfície quanto o folículo piloso, mas só vai ficar bom depois de 3 semanas e um tempo de exposição ao sol para sumir as manchas.

Algumas pessoas apresentam pitiríase de recorrencência, pode ser pelo fato de que a qualidade da gordura da pele da pessoa é muito favorável para o desenvolvimento da malassezia. Tentativa de prevenção são: dar vitamina C (tentativa de mudar o pH da pele – acidifica), a cada 15 dias fazer aplicação de sulfeto de selênio no lugar predisposto eternamente, ou a cada mês tomar 2 comprimidos de cetoconazol para que isto passa deixar a quantidade saprófita de malassezia.



  1. CANDIDÍASE
  • Candida sp (albicans)
  • Blastóferos, pseudo-hifas, hifas septadas.
A Candida faz parte da flora normal da pele, principalmente das mucosas humanas. O primeiro contato com este fungo é no canal de parto. A primeira manifestação no RN é candidíase oral (sapinho) sendo o motivo principal a flora, a criança recebe este fungo e não tem nenhuma outra bactéria para competir com ela facilitando sua proliferação, a imunidade ainda não madura faz favorecer isto.
A pele diferencia da mucosa pela umidade e calor, a mucosa é cerca de 1C mais quente que a pele. Assim, aonde a pele for quente e úmida a candida coloniza: dobras axilares, pescoço de obesos, ângulo da boca de velho, entre os dedos da mão principalmente os da dona de casa, região periungueal, região inguinal, sulco interglúteo, região perineal e região interpododáctila, região inframamária na mulher, estas são áreas ditas intertrigenosas (áreas de atrito pele a pele).
Então, a candida causa candidíase nas mucosas (vaginal, oral, do tubo digestivo, respiratória), de pele = intertrigenosa. Em pacientes imunodeprimidos pode ter sepse por cândida, candidíase de SNC.
Pode ser feito o Teste da Candidina (teste de imunidade celular): é um conjunto de tipos de candidas e isto é injetado intradérmico, depois de 48 horas se observa se houve crescimento. Quase 100% dos pacientes adultos sadios vão ser candidina positivo, porque tem imunidade celular presente contra cândida.
Aparecerá uma lesão eritemato-exsudato-escamativa nas áreas de dobras, vai ter prurido, porque tem sistema imunológico envolvido (nas áreas úmidas as escamas são vistas como bolinhas brancas). A área que mais aparece eritematoso e mais candida é bem no centro da lesão, território mais quente e úmido. À medida que se afasta do centro da lesão o eritema vai diminuindo e as áreas de escamas vão aumentando.
Estas lesões saem com uma espátula, fica a área eritematosa.
Paroníquea candidiásica (entorno da unha) é muito comum em mulher, devido à retirada da cutícula. Se apresentar uma pequena coleção de pus o diagnóstico diferencial seria panariso, esta tem coleção e é por estafilococos, o paciente estaria com muita dor, adenomegalia e febre.
Dermatite das áreas das fraldas é freqüente em nenéns que não têm suas fraldas trocadas devidamente. A urina e as fezes acumuladas irritam a pele e o local quente pela fralda facilita a colonização pela candida. O tratamento destas crianças é apenas tirar por 5 dias o uso de fraldas, no máximo usar apenas uma calcinha, a criança deve fazer tudo no berço. Pode ser feito o creme anticadidiásico para ajudar.
A candidíase inguinal é mais comum no homem, devido à bolsa escrotal e compromete os dois lados da prega (a bolsa e a coxa), para diferenciar com dermatofitose lembrar que esta só afeta a coxa.
Diabetes e imunodepressão (iatrogênica ou infecciosa) são condições que favorecem o aparecimento de candida.
Vulvovaginite: a candida faz parte da flora vaginal, mas se a mulher fez o de antibiótico para o tratamento de alguma infecção (otite, ciscite), 2 semanas depois ela apresenta uma leucorréia, não tem cheiro e pouquíssimo volume. Depois de mais 1 semana ela começa a apresentar um eritema vulvar, com prurido. Lembrar de tratar o marido também (explicar que este fungo faz parte da flora do homem e da mulher, que antibiótico, diabetes e alteração do pH e higiene excessiva da vagina da mulher pode facilitar a proliferação).
Balanoprostite: glande, sulco e folheto interno do prepúcio estão eritematosos. A postectomia previne o aparecimento desta infecção.

Diagnóstico faz-se exame micológico (células leveduriformes agrupadas, pseudo-hifas e hifas septadas) e cultura (vai aparecer Candida sp).

Diagnóstico diferencial:
  • Axila: eczema de contato (desodorante ou algo do vestuário).
  • Virilha: eczema de contato ao elástico da calcinha, sunga, tecido.
  • Dermatofitoses.

Tratamento:
  • Tenta-se controlar a população de candida, não a elimina.
  • Tratar as condições que favoreceram o aparecimento da candida de forma patogênica.
  • Tratar os fatores de microclima que favorecem: emagrecer, obesos ficar sem cueca, calcinha. Cuidados com as mãos de jardineiro e dona de casa, fazer todo trabalho com água 1 vez no dia. Evitar vestuário sintético.
  • Imidazólicos: todos tratam muito bem.
  • Amorolfina (Moseril-creme)
  • Terbinafina (Labicil): não pega bem a candida.
  • Nistatina: só funciona para candida.
Os cremes associados: quadriderme, ancilon, são usados por aqueles que não sabem tratar.
  • Se tiver muito inflamado, pode ser feito num primeiro momento um corticóide com antifúngico (dermodex: óxido de zinco – calmante - e nistatina), e depois complementa com droga só antifúngica.
  • No tratamento sistêmico os imidazólicos pegam bem, 10 comprimidos (5 dias), um no almoço e outro no jantar. O fluconazol é de 150mg, dose única, para candidíase vaginal e para a pele é semanal (2, no mínimo).
  • A nistatina não é absorvida pelo TGI, ela trata a luz, quando dada por VO.

  1. DERMATOFITOSES: (Tineas = Tinhas)
Qualquer dermatófito encontrado na pele é patogênico.
Há três gêneros: Tricophytum (trico = cabelo, phito = fungo), Microsporum e Epidermophytum (epidermo = pele). Cada um desses têm algumas espécies que são patogênicas ao homem, uns são antropofílicos muito bem adaptados à pele humana, outros são zoofílicos muito bem adaptados aos animais, principalmente os domésticos: cães e gatos e outros que são geofílicos, que não se adaptam a pele. Todos são queratininofílicos, vivem de queratina.
Para pesquisar qual é o dermatófito mais comum no ambiente consiste em utilizar uma placa de petre com Agar-saboraud, esta é colocada num canto da sala (local avaliado), recolhe após 1 semana; cresce se tiver queratina????
Quando estes fungos são inoculados na pele, crescem de forma centrifuga, mas na periferia é a área com maior atividade e maior quantidade de fungo.
A lesão que vai caracterizar as dermatofitoses é o aspecto circinado (deriva de círculo = perímetro marcado e o centro sem nada), ou seja, a borda em atividade e o centro da lesão com tendência à cura, com aspecto normal da pele. As outras doenças que podem vir a se apresentar deste modo são chamadas de tricofitóide, por causa do tricophytum.
Os dermatófitos podem se instalar em qualquer área da pele: couro cabeludo, rosto, tronco, mãos, unhas, pés...e em cada topografia desta vai recebendo nome em latim. Ex.: tinea capitis, tinea facie, tinea corporis.
A dermatofitose cursa com uma reação inflamatória intensa, que vai variar dependendo da categoria do fungo: se o fungo é antropofílico, ele é bem adaptado ao ser humano despertando pouca reação inflamatória, mas com tendência a cronicidade, se for geofílico a reação inflamatória é grande, pois não é adaptado a pele humana, mas com tendência a cura e se for zoofílico fica intermadiário.
Quase sempre se apresenta com prurido.
Os dermatófitos só podem ir para a piscina depois de curado.
Slide:
  • Tinea corporis: lesão circinada com bordas pápulo-eritematosa com tendência de cura central.
  • Pode aparecer com discreta descamação: homogenia e central.
  • A dermatofitose do couro cabeludo o que acontece usualmente é a tonsura, pequeno cotos de cabelos ainda implantados. O cabelo volta a crescer. É típica da criança, quando chega na adolescência costuma desaparecer mesmo espontaneamente, por causa do sebo. Fazer diagnóstico diferencial com alopecia areata, que é uma doença auto-imune de cabelo.
  • Em creche pode ser epidêmico: uma criança passa para outra.
  • Os utensílios de cabelos são os grandes vetores: pente escova, barbeiro.
  • O cabelo não volta a crescer se acontecer o quérion celsi (?), que é uma dermatofitose do couro cabeludo inflamatório, isto não quer dizer que o fungo mudou e sim que o sistema imunológico do paciente que passou a reagir provocando uma reação tão grande que é capaz de destruir o bulbo do folículo piloso; dando assim uma alopecia permanente.
  • Criança com lesão circinada, perguntar sempre se tem contato com cão ou gato e com está o pêlo deles.
  • Dermatofitose marginada ou tinea cruris: acomete região inguinal, é bem delimitada. Geralmente o mais comum de um adolescente/jovem adquirir tinea cruris é em ambiente clubístico. Em geral é bastante pruriginoso.
  • Pode ocorrer auto-inoculação.
  • Tinea pedis (do pé): no oco plantar pode fazer diagnóstico diferencial eczema de contato, psoríase. Forma aguda tem muita reação inflamatória e é “eczematóide, representada por vesículas em geral plantares e digitais”.
  • Tinea pedis nas pregas interdigitais (frieira): pode ser devido a candida, bactéria ou dermatófito. Geralmente a flora da frieira é mista. Quando tem cheiro ruim, a causa é bactéria, tanto em axila, virilha e pés.
  • Dermatofítide: é uma reação de hipersensibilidade à distância de um foco infeccioso, no caso por dermatófitos. Tratando a infecção trata a lesão distante.
  • Dermatofitose ungueal (tinea unguium): normalmente invade a lâmina ungueal da parte distal e da proximal e provoca onicólise, ou seja, a separação da lâmina ungueal do seu leito, formando uma área opaca e esbranquiçada. Não apresenta dor.
Diagnóstico diferencial:
  • Eczema numular: é pruriginosa, eritemato-escamativa, mas no tem centro livre.
  • Hanseníase tuberculóide: bordo ativo e centro tendendo a cura (ou seja, aspecto tricofitóide), mas as lesões das bordas são mais pápulo-tuberosa.
  • Psoríase: centro comprometido, escama grosseira.
Diagnóstico:
  • Exame micológico: artrósporos (células quadradas) e hifas septadas.
  • cultura
Tratamento:

  • Tópico: octopiroxolamina, imidazólicos, amorolfina e terbinafina.
  • Sistêmico:
    • Melhor: griseofulvina 500mg/dia para couro cabeludo
    • imidazólicos
    • Terbinafina 250mg/dia

16 novembro 2010

DERMATOZOONOZES




I - ESCABIOSE

É um ácaro Sarcoptes scabiei causador da sarna humana (exclusivo). Existem vários tipos de sarnas causados por outros ácaros e em outros animais: são as sarnas exógenas. Cada animal tem um ácaro específico para causar sua sarna. A sarna pode ser adquirida de um outro animal? -- Até pode, mas o ácaro não consegue se reproduzir na sua pele, ele morre.Pode tb causar uma coceira, porém,ao tomar banho ela vai embora.
Essa sarna que a gente vê no dia-a-dia é exclusiva da raça humana. Não existe pegar sarna do cachorro pois essa sarna vc pega, tem um prurido e em 24hrs desaparece.
Você transmite essa sarna humana pelo contato físico e através de roupas, pela falta de higiene e pelo clima.No final de maio, por ex, aumenta a incidência de escabiose; não é como se pensava (no verão), pq no verão, até as pessoas q não são muito higiênicas se sujam com mais freqüência, suam, já no inverno, tem o froio, a aglomeração , favorecendo o contagio inter-pessoal da sarna.
O contato físico é o pp meio de contágio; não é nem pelas roupas, o contato é mais importante numa creche, hospital etc. Se o Sarcoptes scabiei sai da pele e vai para a roupa, se não encontrar um hospedeiro rápido , em horas , ele morre. Em menos de 24hrs ele precisa achar um hospedeiro por isso o contato físico vem em primeiro , e depois as roupas.

QUADRO CLÍNICO:
Deveria se manifestar através de vesículas pq na maioria das vezes , como as vesículas são muito frágeis, elas são rompidas, mais a primeiras lesões da escabiose são as vesículas . Estas são as extremidades do túnel que as fêmeas do Sarcoptes cava na nossa pele. Nós adquirimos tanto Sarcoptes macho como fêmeas; na nossa pele eles copulam, o macho, depois de copular, abandona a pele e morre; a fêmea escova o túnel debaixo da camada córnea, onde ela deposita seus ovos que , em 15 dias, se transformam em machos e fêmeas que copulam e perpetuam a infecção.
As outras lesões são o eritema, pápula( lesão elevada e sólida) , exulcerações (feridas) e crosta; então, o quadro clínico lesional da escabiose tem: vesículas , eritema, papulas, exulcerações e crostas, e às vezes, pústulas ,(qdo tem infecção secundária ), o que é raro.

PROVA:
QUAL É A LESÃO ELEMENTAR DA ESCABIOSE?
R: VESÍCULA

O que é mais característico da escabiose é a sua topografia:
1-Espaço inter-digital;
2-bordos axilares;
3-cotovelos;
4-hipogástrio;
5-nádegas;
6-genitália externa masculina;
7-punhos;
8-mamilo na mulher( pela proeminência).
Prurido faz parte do quadro tb, e esse prurido é noturno. O que faz coçar é: 1- A fêmea escavando o túnel na pele e o caminhar da fêmea que tem espinhos no corpo que irritam terminações nervosas. 2- escabina (toxina liberada pela fêmea , mais pela noite quente).
Existe uma variante que é a sarna norueguesa ou crostosa que era incomum e hoje não mais. Esse tipo de sarna não respeita áreas, acomete da cabeça aos pés. Esta variante esta ligada a um péssimo ou inexistente grau de higiene que é visto em mendigos, doentes mentais e imunodeprimidos, particularmente no aidético.

DIAGNÓSTICO:
Deveria ser feita pelo encontro do ácaro, mas não existe isso. O diagnóstico deveria ser pelo rompimento da vesícula, e , a partir daí, neste líquido, achar o Sarcoptes.
Mas na verdade, o que ocorre é o diagnóstico clínico através de um trio: - prurido com acentuação noturna; -topografia típica; - vários casos domiciliares( qualquer ambiente fechado; ex: hospital, casa, creche, orfanato, etc.)

TTO:
Cuidados higiênicos( tomar banho todos os dias , toalha- uso pessoal) e tópicos com escabicidas (benzoato de benzila, tiabendazol monossulfiram, deltametrina, permetrina) e sistêmico com ivermectina (só como complementação, não pode ser só ele).
No tto da escabiose:
benzoato de benzila - + conhecido é o ACARSAN- esses produtos possuem 3 apresentações:
sabonete;
creme ou pomada;
líquida ( loção).

tiabendazol (FOLDAN):
creme;
loção.

monossulfiram ( TETMOSOL):
sabonete;
loção.

deltametrina (DELTACID)
permetrina (NEDAX)

O tto é por 5 dias , escolhendo o sabonete e dependendo da área a ser atingida eu uso creme ou loção. Ex.: loção no adulto peludo e creme na criança porque penetra mais.
Uso 2x/dia por 5 dias, faço uma pausa de 5 dias e volta ao consultório ou faço de novo por + 5 dias, 2x/dia.
Por quê? Porque existem os 15 dias do ciclo biológico do ácaro e o cuidado de fazer esse esquema de 5 dias, pausa 5 dias e faz + 5 dias, vai pegar os ácaros e os bebês ácaros que estiverem nascendo. O remédio só atua nos ácaros , não nos ovos. E não faço por 5 dias direto porque queima a pele.
Não é necessário ficar fervendo a roupa, é só lava-la e passar o ferro.

II- PEDICULOSES:

Etiologia:
È o connhecido ‘piolho` pediculus humanus capitis ( do couro cabeludo) e Phthirus púbis ‘chato` ( do púbis ou fitiríase). Ambos são piolhos hematófagos, não são como a escabiose em que os ácaros se alimentam de restos celulares; são ápteros (sem asa) piolho não salta ele só caminha e lentamente. São exclusivos do homem, favorecidos por falta de higiene mas não tem tanta influência climática como na escabiose, são favorecidas por promiscuidade sexual e transmitida por contato pessoal, roupas e objetos.

QUADRO CLÍNICO:
Prurido; as lesões são secundárias porque o piolho não cava túnel na pele, ele vive nos pêlos , deposita os ovos( lêndeas) no pêlo; só vai na pele quando tem que se alimentar: ele vai até a superfície, injeta uma substÇancia anti-coagulante, suga o sangue do indivíduo e volta para o pêlo. No local onde ele picou vão aparecer pápulas eritematosas e escoriações e crostas porque vai coçar, vai ferir.
A principal queixa de pediculose é? Prurido (papulas, crostas etc aparecem depois)
Na falta de higiene todo o couro cabeludo é afetado mas normalmente são em regiões retro auriculares e occipital as áreas preferidas).
Outro local é o púbis ( chato), coxas, tórax e até cílios.
No caso dos cílios é uma curiosidad e, por ex: os pais de uma criança tem phthirus púbis, e a criança ainda não tem pêlos pubianos, sendo assim os pais passam chato para os cílios da criança porque a textura do cílio é a mais próxima do pêlo pubiano. O piolho do couro cabeludo não desce mas o piolho ( chato) ele sobe até os cílios pelo tórax.

DIAGNÓSTICO:
Encontro do piolho e da lêndea ( ovos fixos nos pêlos).

TTO:
Cuidados higiênicos ( lavar a cabeça diariamente, quando tiver pediculose, depois volte ao ritmo individual, verificar objetos pessoais etc). Tto com escabicidas tópicoss que são tb pediculicidas; sistêmico com Ivermectina; tricotomia na fitiríase; proibido inseticidas.
Tem que tratar pois os produtos não são lendicidas e por isso tem que passar sabonete ou xampu e passar pente fino para tirar os ovos e não é por 15 dias.
Os esquemas são variados:
Benzoato de benzila; tiabendazol e monossulfiram e deltametrina, usa 3 noites seguidas. O ideal é passar no cabelo ou no púbis, dormir e tirar de manhã. Uma aplicação por dia, depois disso, analisar se há necessidade de voltar a usar.
O único que não pode 3 dias e não deixa a noite inteira é a permetrina, que deve ser deixada por 30 minutos ou 1 hora e depois retirada. Depois de 7 dias de uso da permetrina, examinar e ver se precisa repetir o tto. A permetrina é o KWELL. A ivermectina é tto adicional e complementar. A tricotomia resolve o “chato` . Não é necessário fazer no piolho do couro cabeludo, principalmente em meninas. Tb deve-se evitar o uso de inseticidas , que algumas mães utilizam para o piolho. O popular permitido é o álcool e o vinagre.

Prevenção: uso de xampus pediculicidas.

III - LARVA MIGRANS

Etiologia:
Larva de um verme parasita obrigatório de cães, gatos e cavalos e é acidental para o homem ( falta colagenase para completar o ciclo biológico. Ancylostoma caninum e Ancylostoma braziliensis ( são eliminados nas fezes desses 3 animais e penetram na pele do homem).
As fezes com a ação do vento , sol e chuva desaparece , aí vc não tem ccomo saber que está ali; você pisa ou deita no chão sem toalha ou pano, a larva que vive em condições adversas vai entrar na camada córnea e ficar caminhando , por isso larva migrans, ela não tem colagenase para penetrar na pele como consegue um Ancylostoma duodenale, por isso no homem é acidental.
A larva vai ficar andando sob a pele até morrer por 15, 20 dias e tem muitom prurido, é chamado de ‘bicho geográfico`.

QUADRO CLÍNICO:
São elevações eritematosas , lineares , sinuosas, múltiplas , pruriginosas, nos pés , mãos e nádegas, é auto-limitada( larva acaba morrendo).

DIAGNÓSTICO:
Clínico. A históoria e o quadro clínico: coça muito nas áreas afetadas.

TTO :
É o Tiabendazol tópico e sistêmico; –FOLDAN creme e foldan comprimidos na mesma dosagem a tratar ancylostomiase durante 3 a 5 dias.

IV- MIÍASE

Etiologia:
Larvas da vários gêneros e espécies de moscas (normalmente a varejeira); adquirida dos ovos depositados direta ou indiretamente na pele.

QUADRO CLÍNICO:
São 3 tipos:
  1. Furunculóide--- nódulo profundo, doloroso, inflamatório, com orifício central, em áreas expostas---
O furúnculo normal causa febre, adenopatia, tem pus dentro; já o furunculóide não. O furunculóide tem um orifício central com a larva lá dentro. A miíase pode dar no ser vivo ou no cadáver. O Berne só dá no ser vivo; as outras miíases é que dão em cadáveres, que são a cavitária e secundária.
  1. Cavitária--- ulcerações com destruição óssea e cartilaginosa, que dá em cavidade mucosa, ex.: oral, anal, nasal, conjuntival, auricular, genital, particularmente a oral porque é a mais exposta---
A mosca é atraída por secreção de mucosas (remela, meleca,etc). Eu tive um paciente que teve miíase no reto, ele fez prolapso retal, demoraram para levar para cirurgia fazer redução aí fez a miíase no reto.
  1. Secundária--- é a que mais se vê em P S ; larvas em ulcerações pré-existentes como úlceras de perna, leishmaniose, lesão já aberta, queimadura etc).

DIAGNÓSTICO:
Encontro ou visualização da larva que mede aprox. 2 cm e se move normalmente—são várias larvas. No Berne é 1 larva só, na miíase (secundária e cavitária) são varias.
O Berne é um problema pq é um nódulo que abriga 1 larva e cujo orifício de respiração é mais estreito que o corpo da larva . Você tem que dificultar a respiração da larva; vaselina sólida ou pedaço de esparadrapo ou algo que faça o berne vir mais á tona, aí vc pressiona com força para ela sair por esse orifício.

TTO:
Retirada das larvas por pinçamento ou por pressão após oclusão mecânica do orifício.

V – ESTRÓFULO:

Etiologia:
Hipersensibilidade a picadas de insetos (mosquitos pulgas , percevejos); mais comuns em crianças na faixa etária de 1-6 anos; fontes de infestação: animais caseiros com pulgas e insetos de parques e zonas rurais (praias, serras e campos).
Normal em pessoas com tendências alérgicas.

QUADRO CLÍNICO:
Não é quadro contínuo, são surtos de pápulas urticariformes com ponto purpúrico ou vesícula central; ás vezes elas cedem naturalmente sem tto. Evolução por surtos extremamente pruriginosas , sobretudo em áreas expostas ( face, braços e pernas); é comum a história de ir para sítios ou ficar perto de um cachorro e ter estrófulo, principalmente em crianças.É freqüente a infecção secundária; fácil confusão com escabiose ( pelas vesículas pruriginosas).

DIAGNÓSTICO CLÍNICO:
Lesões, topografia, faixa etária, história, não tem casos domiciliares.

TTO:
Do surto agudo: -tópico com cremes de corticosteróides tópicos (Stiefcortil- baixa potência; Betnovate- média potência; Diprosone- alta potência.
Na face e genitais usa-se corticóide de baixa potência, já no braço, perna, abdome, média e alta potência. Junto com corticóide tópico usa-se anti-histamínico ( Dexclorfeniramina- Polaramine, astemizol-Hismanal, cetirizina- zyrtec, hidroxizine- hixizine.
Há surtos que não cedem com o uso dos remédios, neste caso vc faz corticóide local, tira anti-histamínico e substitui por corticóide sistêmico ( prednisona- meticorten , dexametasona-decadron, deflazacort- calcort).

TTO Profilático:

Proteção contra os agentes , com repelentes, cuidados com animais domésticos, inseticidas, vit B1-benerva- 48h antes de expor aos agentes, e dessensibilização com antígenos (vacinas mistas; cura espontânea- imunológica.
 
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