As
DSTs eram doenças muito freqüentes, com a introdução da
penicilina houve uma diminuição no número de casos. A liberdade
sexual que veio muito em função da introdução da pílula como
método anticoncepcional fez com que outra vez as DSTs aumentassem
sua freqüência, depois veio a AIDS que modifica o curso, na minoria
das vezes, dos pacientes com sífilis. Em geral o paciente com
sífilis vai ter um comportamento normal em relação à doença, mas
um número apreciado de casos vai ter uma evolução, mas acelerada
ou modificada.
Agente
etiológico: Treponema pallidum que é uma espiroqueta que se divide
a cada 30 horas por divisão binária.
Cronologia
da sífilis
Facilita
em muito o diagnóstico correto, o tipo de exames laboratoriais a
serem solicitados, o conhecimento da história natural da doença, o
tratamento a ser instituído e o acompanhamento os quais variarão
com o estágio da doença.
A
sífilis é uma doença bastante curiosa porque ela evolui com uma
seqüência muito bem demarcada, claro que com uma grande
elasticidade.
O
treponema penetra através das membranas mucosas ou submucosas ou na
pele que está lesionada.
Desde
o início ela é uma doença sistêmica, o treponema já começa a se
disseminar pela rede linfática e sanguínea.
Os
exames complementares solicitados para confirmação diagnóstica
basicamente são exames sorológicos.
O
tratamento resumidamente é Penicilina Benzatina. Uma das poucas
indicações da Penicilina Benzatina como tratamento curativo é a
sífilis.
O
acompanhamento vai variar em função do estágio da doença.
Cronograma da
sífilis
Manifest.
viscerais
Manifest.
extrategumentares
Sintomas
gerais
Manifest.
tegumentares
c.
duro + adenite
Manifest.
Secund.
A
inoculação ocorre entre 9 a 90 dias com uma média aproximada de 3
semanas; surge então o próprio sifiloma ou cancro duro. Cerca de 10
dias após o aparecimento do cancro duro aparece a adenite que ocorre
em 100% dos casos. A adenite do cancro duro é conhecida como a “sua
sombra” porque ela está sempre presente. É uma adenite não
inflamatória e em geral bilateral. O cancro vai persistir por 3
semanas (de 3 semanas a 8 semanas) e vai desaparecer espontaneamente.
Em cerca de 85% dos casos, quando a adenite já desapareceu, ocorre o
secundarismo (geralmente cerca de 2 meses após o aparecimento do
sifiloma). O sifiloma é a lesão característica da sífilis
primária. O secundarismo vai permanecer durante vários meses (2,4,6
meses) e as lesões vão involuir; arbitrariamente. Então até o
período de 1 ano a sífilis é chamada sífilis recente, depois
desse primeiro ano é chamada sífilis tardia.
As
lesões de sífilis recente, que compreende S1 (que é o sifiloma) e
as manifestações do secundarismo, são lesões muito povoadas pelo
treponema, muito contagiantes.
Após
o primeiro ano ou segundo (de acordo com a convenção) entramos no
chamado período tardio da doença e em geral é quando aparecem as
manifestações cutâneas, (na maioria das vezes não vai aparecer)
que surgem antes de 10 anos de doença, ou seja, há uma lesão, ela
desaparece, aparecem outros tipos de lesões, desaparecem novamente e
em um número pequeno de casos (cerca de 15%), vai haver lesões
tegumentares, 10% lesões cardiovasculares e 5 % neurológicas.
Nesses
períodos de aparente cura temos a sífilis latente que é
diagnosticada através de teste sorológico.
Se
você consegue documentar quando foi a relação sexual, vamos supor,
paciente teve apenas uma relação sexual durante a vida e está com
a sorologia positiva, pode-se acreditar que aquele dia da relação
sexual foi o dia da transmissão, claro que na prática vai ser
difícil ter precisão. Quando não tivermos precisão, sempre
consideraremos que o paciente tem uma sífilis latente tardia, que
tem um tratamento diferente.
No
secundarismo as lesões são vistas por todo o corpo. A sífilis
recente recidivante já tende a localizar mais a lesão e também vai
haver involução (isso pode acontecer, mas não é sempre que
acontece).
História Natural
da Sífilis
não
tratada
Boeck-
Oslo / Noruega (1891)
1404 pacientes (80%)
Bruusgaard
– 1929
S. Latente 40,0%
Gistland
S. recente de recidiva 23,6%
S.
tardia tegumentar 15,8%
S.
cardiovascular 10,4%
S.
nervosa 6,5%
Cura
espontânea 63,7%
Neste
estudo, que acompanhou pacientes por cerca de 60 anos, a cura
espontânea da doença aconteceu em 60 % dos casos, 15 % apresentaram
sífilis tegumentar, 10% cardiovascular, 6,5% acometimento do Sistema
Nervoso e cerca de 5 % faleceram pela doença.
Outro
estudo foi realizado nos EUA com resultado muito semelhante.
A
doença tende a se curar sozinha, mas é claro que não se deve ficar
esperando a cura espontânea.
Sífilis
Primária → 3 semanas após a inoculação
Lesão
exulcerada, fundo limpo, bordos em rampa, adenite satélite
bilateral.
Lesão
característica – lesão ulcerada, fundo limpo, bordos em rampa. À
palpação: base endurada, infiltrada; isto é o protótipo do cancro
duro que 10 dias após seu aparecimento vai aparecer à adenite
satélite, em geral bilateral, que é a sombra.
No
homem vamos estar sempre vendo a lesão, na mulher à lesão vai
estar no colo do útero, então não vamos ver.
As
localizações habituais do cancro são: Sulco balanoprepucial,
meato, perianal, freio da língua, língua e colo do útero.
Quem
tem uma DST tem muito mais chance de ter uma segunda associada. Ex.
gonorréia associada ao cancro.
Existe
também a possibilidade da associação do cancro mole com o cancro
duro – cancro misto de Rolet (?), que começa com as
características do cancro duro que desaparecem e acaba com as
características do cancro mole (que é outro tipo de doença com
maior número de lesões).
Na
fase de sífilis primária, para confirmar o diagnóstico da doença
devemos fazer sorologia com FTA-abs-IGM, que é o primeiro a ficar
positivo (cerca de 2 semanas após a inoculação já começa a ficar
positivo; quando o cancro aparece, em geral, ele já estará
positivo) ou através da demonstração do treponema. O treponema é
demonstrado através de um raspado da lesão que é visto em um
microscópio de fundo escuro; ou através da impregnação do
material pela prata (vai dar uma tonalidade preta ao treponema).
O
terceiro método é a imunofluorescência direta – anticorpo
marcado por fluresceina (?) contra treponema.
O
cancro desaparece depois de 3 a 8 semanas.
Existe
a possibilidade da pessoa ter sífilis sem apresentar o cancro. As
situações que poderiam levar a isso são: transfusão sanguínea;
pessoa estava com uma gripe, tomando antibiótico, adquiriu a sífilis
e aquela dose de antibiótico foi insuficiente para curar a doença e
permitiu apenas abortar a primeira etapa da sífilis.
Se
a pessoa tem sífilis e demora alguns meses para procurar tratamento
ela deverá adquirir uma imunidade definitiva para a doença e se
tratada logo no início poderá não desenvolver imunidade e se
reinfectar.
Evolução
da sífilis adquirida
Adenite
Sorologia
positiva – o VDRL começa a se tornar positivo, no período de
secundarismo é praticamente 100% positivo.
Manifestações
cutâneas do secundarismo
Manifestações
sistêmicas
Febrícula
Astenia
Mal
estar
Hepatite
Poliadenopatia
generalizada (é muito característica a adenite epitrocleana(?)).
Perda
de peso
A
concomitância cancro + lesão de secundarismo acontece em 15 % dos
casos aproximadamente. No paciente com AIDS essa freqüência está
aumentada.
A
lesão da sífilis secundária em geral começa com uma erupção
macular na região peitoral, que é conhecida como colar Vênus que é
a “Roséola sifilítica”. No começo é apenas mácula, com o
passar do tempo começam a se tornar pápulas que vão se tornar cada
vez mais infiltradas (pode haver um pouco de descamação também).
Máculas
eritematosas arredondadas nas palmas das mãos podem ocorrer também
nas doenças virais, nas farmacodermias, mas quando acharmos essas
lesões temos que pensar em sífilis e solicitar sorologia. Sempre
observar as regiões palmo plantar nos casos suspeitos de sífilis.
Um
aspecto curioso, peculiar, mais comum na raça negra é a chamada
“sifílide elegante” que tem arranjos concêntricos.
As
lesões da sífilis recente são infectantes. A lesão mais
infectante de todas é o condiloma plano e sua localização mais
comum é em área de dobras (genital, axilar...).
Outros
tipos de lesões do secundarismo são as chamadas placas mucosas, que
são lesões esbranquiçadas.
Outras
manifestações que podem ocorrer na sífilis são: Queda difusa de
cabelo, emagrecimento, madarose, alopecia em clareira que é muito
característica.
Confirmação
diagnóstica na fase do secundarismo – reações sorológicas. O
melhor é o VDRL que é extremamente sensível e serve como parâmetro
para o acompanhamento laboratorial. Com o tratamento com a penicilina
o VDRL tende a cair e desaparecer; já o FTA-abs-IgG (nessa fase é o
IgG que está positivo, pois já que deixou de se ser fase aguda),
tenderá a permanecer positivo para sempre independente de tratar ou
não, então não serve mais de parâmetro para saber se o paciente
está em atividade ou não, logo os parâmetros são VDRL ou
FTA-abs-IgM (que vai mostrar um processo agudo).
FTA-abs
é uma prova treponêmica de alta sensibilidade e alta
especificidade.
VDRL
do secundarismo – altíssima sensibilidade (praticamente 100 % e
baixa especificidade).
Reações não
Treponêmicas ou Lípide-reações
I)
Positivas Transitórias
Indivíduos
normais 0,25%
Doentes
hospitalares de qualquer natureza 0,25 a 20%
Doadores
freqüentes de sangue 0,15%
II)
Positivas Permanentes
Treponematoses
100%
Hanseníase
virchowiana 36%
Doenças
auto-imunes: LES 37%
Tireoidite
de Hashimoto 5%
Disgamaglobulinemia
variável
Existem
situações em que o VDRL pode estar positivo e que não há a doença
sífilis combinada como, por exemplo: virose, vacinação, gravidez,
tuberculose, leishmaniose, pode ser normal em algumas pessoas, etc.
Pacientes
que tem VDRL positivo permanente: outros treponemas, hanseníase
virchowiana, doenças do colágeno, disgamaglobulinimias.
Sempre
temos que ter uma correlação clinico-patológica, mas sabemos que
se a titulação é acima de 1 para 16 é praticamente certo que seja
sífilis, abaixo desse valor é que pode ser falso-positivo.
Depois
que o paciente teve o secundarismo ele vai ficar normal, e só vamos
descobrir que o paciente tem sífilis por acaso, a não ser que o
paciente faça parte daqueles 30 % das pessoas que vão ter a doença,
ou 15 % que vão evoluir para sífilis tegumentar, ou 10 % para
cardiovascular, 6,5 % para sífilis nervosa, caso contrario não
haverá manifestação da doença.
Sífilis Terciária
Características
gerais das sífilis tardias
Surgem
a partir do 2o
ano de infecção (entre o 2o
e 10o
ano)
Apresentam-se
localizadas, regionais, formando figuras (arciformes, serpiginosas)
Lesões
solitárias ou em pequeno número, assimétricas, induradas
Profundas,
destrutivas, deixando cicatrizes inestéticas com hiperpigmentação
de seus bordos
Não
curam espontaneamente, porém boa resposta a Penicilina
Ausência
de treponema
Ausência
de contágio
Reações
sorológicas positivas em 80% podendo permanecer após o tratamento
Na
sífilis tardia as lesões são localizadas, regionais, formam
figuras, são assimétricas, muito destrutivas, deixam cicatrizes,
não vão desaparecer espontaneamente, porém tem boa resposta á
penicilina (na sífilis recente as lesões são disseminadas,
simétricas e desaparecem espontaneamente). Praticamente há ausência
do Treponema; se eu esfregar o braço ou a mucosa em uma lesão de
sífilis terciária não vou pegar a doença. Na sífilis terciária
há uma tendência ao VDRL se tornar negativo.
As
lesões tegumentares são de 3 tipos: as tuberocircinadas ou
nodulotuberosas que tem arranjo riniforme (são lesões tuberosas com
arranjo arciforme ou riniformes); gomas e nodosidades
justarticulares. A goma também pode acontecer em órgãos internos
como, por exemplo, os ossos. A localização mais freqüente de goma
nas mucosas é na língua.
Diagnóstico:
VDRL - se estiver positivo vai ajudar, mas se estiver negativo não
descarta a doença
Sorologia
FTA-abs-IgG
O
FTA-abs pode estar positivo e aquela lesão ser outra doença, então
uma biopsia também ajudaria. A célula característica do infiltrado
inflamatório da sífilis é o plasmócito. No caso da sífilis
terciária vai haver o granuloma com plasmócito.
O
FTA-abs-IgG tenderá a permanecer positivo ao longo da vida em
aproximadamente 80% dos casos. O VDRL é que vai desaparecer.
Em
10% dos casos vai haver sífilis cardiovascular, sendo o aneurisma da
aorta ascendente o mais característico.
Lesão
parenquimatosa – pode ser Tabes Dorsalis.
Sífilis
parenquimatosa e sífilis meningovascular – no período de
secundarismo há uma certa invasão do treponema no SN que em geral
não vai levar a estabelecimento da infecção no SNC, (apenas 6,5%
dos pacientes, se não tratados, vão evoluir para sífilis nervosa),
isto é correto para pessoas com imunidade normal. No paciente co
AIDS essa porcentagem aumenta em termos da evolução mais rápida e
em maior quantidade para sífilis neurológica.
Sífilis Congênita
Transmissível
a partir de qualquer momento da gravidez
Muito
mais maciça a partir do 3o
mês de gestação
Doença
de notificação compulsória junto com o HIV
No
secundarismo é mais grave
Pode
ocasionar crianças de baixo peso e natimortos
Mãe
no secundarismo não está passando o treponema para o feto
•
Recente
(até 2 anos)
-
Rinite hemorrágica
-
Hepatoesplenomegalia
-
Pseudoparalisia de Parrot
-
Lesões bolhosas das mãos
•
Tardia
(após 2 anos)
-
Dentes de Hutchinson
-
Tríade de Hutchinson
-
Nariz em sela
-
Tíbia em sabre
-
Sinal de Argyll Robertson
-
Diagnóstico sorológico
A
sífilis congênita passa para o feto a partir de qualquer momento da
gravidez. Antes achavam que a transmissão para o feto se dava só
após o 3o
mês (após a atrofia da membrana de Langhans da placenta); hoje se
sabe que isso não é verdade, mas a contaminação geral é muito
mais maciça a partir do terceiro mês da gestação.
A
sífilis congênita, assim como a doença HIV são as 2 únicas DSTs
de notificação compulsória, fora elas, a monitoração da
incidência das DSTs é feita pelo ministério através de centros de
referencia.
A
transmissão da sífilis congênita se dá a partir do momento de
contato com a mãe, e dependendo da fase, em geral, é grave.
A
sífilis congênita pode ocasionar natimortos, assim como crianças
de baixo peso.
Também
dividimos a sífilis congênita em recente (até 2 anos) e tardia
(após 2 anos).
Dentre
as manifestações da sífilis congênita recente temos a rinite
hemorrágica, hepatoesplenomegalia, pseudoparalisia de Parrot
(criança parece que está paralisada, mas ela está com movimentos
anti-álgicos por causa da condrite), erosões das mucosas, lesões
pênfigo sifilíticas (lesões bolhosas nas mãos). Na sífilis
congênita tardia temos os dentes de Hutchinson que se caracterizam
por implantação obliqua e entalhe semilunares dos dentes. Estigmas
da sífilis – Nariz em sela, tíbia em sabre, radgades ou fissuras
peri-orificiais, hidrartrose bilateral, dentes de Hutchinson.
Tríade
de Hutchinson – Ceratite, surdez labiríntica e dentes de
Hutchinson
Sinal
de Aryll Robertson ou pupila de Argyll Robertson – manutenção do
reflexo de acomodação e perda do reflexo fotomotor
Infecção
transplacentária é mais grave que a adquirida, pelo fato dela ser
maciça, caso a mulher não tenha sífilis terciária.
Diagnóstico
da sífilis congênita: É feito através da sorologia
IgM
não passa pela placenta
Caso
não tenhamos a sorologia, podemos fazer o VDRL comparativo, faço um
hoje e daqui a 2,3 semanas faço outro, se houver uma redução é
apenas transmissão passiva.
Tratamento
-Sífilis
Recente (primária e secundária)
•
Penicilina
G benzatina: 2 doses de 2.400.000 U, IM, intervalo de 7 dias (total
4.800.000U)
•
Tetraciclina
ou eritromicina (estearato, etilsuccinato ou base) 500mg de 6/6h, via
oral, 30 dias
-Sífilis
Tardia (latente ou cutânea)
• Penicilina
G benzatina: 3 doses de 2.400.000 U, IM, intervalo de 7 dias (total
7.200.000U)
•
Tetraciclina
ou eritromicina (estearato, etilsuccinato ou base) 500mg de 6/6h, via
oral, 30 dias
O
tratamento basicamente é penicilina – sífilis primária ou
sífilis recente – 2.400.000Ul IM em 2 doses, separadas por 1
semana.
Tetraciclina
ou eritromicina são drogas alternativas não tão boas, mas nos
casos de sífilis nervosa, mãe com a doença e alergia a penicilina,
a conduta correta é a dessensibilização. Não se tem certeza que
se a tetraciclina ou eritromicina em 30 dias cura a sífilis.
Sífilis
latente e cutânea tardia – 3 doses de 2.400.000U
Tratamento
– Neurosífilis
Penicilina
G cristalina, 12 a 24 milhões de UI EV/dia (2 a 4 milhões UI de
4/4h de 7 a 10 dias)
Penicilina
G procaína, 2,4 milhões UI IM/dia + probenecida, 500mg VO 4x/dia,
14 dias
Ambas
opções devem ser seguidas de penicilina G benzatina, 2.4 00.00 UI
IM semelhantemente/ 3 semanas
Na
neurosífilis a droga de eleição é a penicilina cristalina, de 4
em 4 horas, na dose de 2.400.000 UI por 10 a 14 dia. A penicilina
procaína também funciona para o SNC, porém não tão bem.
Independente da eficácia deve ser dada também a penicilina
benzatina por 3 semanas.
Na
sífilis congênita se tratar à mãe estou tratando o feto.
Tratamento
Cura
e atividade sexual
Controle
e cura
Aproximadamente
48h após o tratamento adequado com penicilina (após a 1a
injeção) a doença praticamente não é mais transmitida e pose-se
recomeçar a atividade sexual.
O
controle de cura é feito através do VDRL. Logo após o tratamento
pode haver um aumento nos níveis da sorologia devido à morte do
treponema, mas depois vai começar a cair (o valor só é
significativo se cair ou aumentar de 4000 U, caso contrário pode ser
uma questão apenas de observação do laboratorista).
Tratamento –
Gestantes
Reação
de Jarisch-Herxheimer – ocorre quando um paciente está com muitas
lesões e toma uma injeção de benzatina; naquela noite, o paciente
vai ter febre, piora das lesões, dor, mal estar. Acontece devido à
morte do treponema (antígenos caem na circulação dando uma reação
de antígeno-anticorpo). Só acontece na sífilis recente, porque tem
muito treponema. Se o paciente tem muitas lesões posso evitar essa
reação dando um comprimido de tetraciclina ou eritromicina por
alguns dias, para matar lentamente o treponema ou posso usar um
antiinflamatório ou corticóide antes da injeção.
Sífilis HIV
Maior
número de pessoas com quadro de sífilis maligna recente =
vasculite, mal estar, febre, lesões não tendem a desaparecer
Maior
no secundarismo
Maior
evolução para neurosífilis
Na
sífilis com HIV doença há maior concomitância de lesões de
secundarismo com cancro, maior freqüência de sífilis maligna
precoce, que são lesões de caráter mais destrutivos (vasculite,
mal estar, febre), as lesões não tendem a desaparecer e também há
uma evolução mais freqüente para neurosífilis.
A
reação sorológica para paciente com HIV poderá dar negativa em
presença da doença ou títulos altíssimos em reação habitual.
A
presença de uma DST é fator de risco para outra
Doenças
ulcerativas genitais aumentam o risco de transmissão e de aquisição
da infecção pelo HIV
Todo
paciente com diagnóstico de sífilis deve ser aconselhado a fazer o
teste para HIV