O POTENCIAL DE AÇÃO DO
CORAÇÃO:
A célula
cardíaca , pela mudança de concentração iônica, gera um potencial de ação elétrico que vai se propagar por
todas as células.
No estado basal
,ou de repouso , o potencial de ação é de –90mv, com a abertura dos canais de Na+ este potencial vai se tornando cada vez
mais positivo com a entrada dos ions positivos de Na+ permitindo a liberação de
cálcio do retículo sarcoplásmático que vai viabilizar a contração da fibra cardíaca.
Para se recuperar e voltar ao estado
basal ,a célula, através da saída de íons de K+,
volta ao seu estado inicial de negatividade.
O processo de saída do estado basal (negativo) para o de ação (positivo)é chamado de despolarização e seu retorno ou recuperação do estado basal de negatividade é chamado de repolarização
Este
processo gera uma carga eltromagnética que é um vetor com
direção, sentido e magnitude.O vetor vai ser percebido pelo aparelho de
eletrocardiograma que nada mais é do que um galvanômetro,ou seja , um aparelho
que pode sentir as diferenças de cargas eletromagnéticas alterando o movimento
de sua agulha de inscrição par cima (quando o vector vai em direção ao polo
positivo) e para baixo da linha de base (quando o vetor vai em direção ao polo
positivo)
O DIPOLO
ELÉTRICO:
Cada célula cardíaca , para efeito
teórico , vai funcionar como um coração isolado. Cada destes ”corações” vai ter seu processo de
despolarização e repolarização gerando seu vetor que terá dois pólos o negativo e o positivo ,a direção do vetor
,por convenção, é sempre do polo negativo para o positivo.
Esse vetor vai ser percebido por um ponto de observação, quando
ele for em direção a este ponto a inscrição do eletro é uma onda positiva ( ou seja ,para cima da linha de base) quando for na
direção oposta (se afastando) a inscrição será uma onda negativa(para
baixo da linha de base).
O SISTEMA
DE CONDUÇÃO CARDÍACO:
O coração não se ativa todo de uma vez
só, esta ativação é iniciada no chamado nódulo
sinusal que se localiza no teto do átrio direito
,próximo a entrada da veia cava superior , sendo conduzido pelo átrio e
sofrendo um alentecimento antes de
descer em direção aos ventrículos em um local chamado nódulo átrio-ventricular.Este
alentecimento é essencial para impedir que átrio e ventrículo contraiam juntos.
Após isto o estímulo desce pelos ventrículos através de um sistema
especializado de condução ,diferente do músculo cardíaco,
chamado Hiss-purkinje
,finalmente alcançando a musculatura ventricular.
AS ONDAS
DO ELETROCARDIOGRAMA:
A passagem do estímulo elétrico por
cada parte do tecido de condução gera ondas
específicas de cada local. Estas ondas é que serão
analizadas no eletrocardiograma nos permitindo
“ver” como
cada parte do coração é ativada.
A ONDA P:É a onda que representa a ativação atrial , tendo a
forma de um sino.Como é o
primeiro local do coração a ser ativado é a primeira onda a ser vista .Esta
onda é quem vai iniciar o ciclo elétrico cardíaco dando o ritmo ao coração pois toda a ativação
restante vai ser comandada por ela . Assim ao ritmo normal do coração é dado o
nome de ritmo sinusal(onda em
forma de sino).
O INTERVALO
PR:É a representação da pausa que existe no nódulo átrio ventricular
ocorrendo logo após a onda P e sendo seguida pelo complexo QRS.
O COMPLEXO
QRS:É a onda mais complexa ,por ter várias fases
,já que representa a despolarização da maior câmara cardíaca –o
ventrículo.Os seus componentes tem uma nomenclatura
específica e são:
- ONDA Q- É a primeira onda negativa a aparecer.
- ONDA R- É a primeira onda positiva aparecer.
- ONDA Q- É a primeira onda negativa a aparecer.
- ONDA R- É a primeira onda positiva aparecer.
- ONDA S- É a Segunda onda negativa a aparecer.
- ONDA R’- É a Segunda onda positiva a aparecer.(só costuma aparecer em situações especiais que serão descritas mais adiante).
- ONDA R’- É a Segunda onda positiva a aparecer.(só costuma aparecer em situações especiais que serão descritas mais adiante).
A ONDA T:É a onda que representa a repolarização ventricular
vindo logo após o QRS.
O INTERVALO QT:
Representa o tempo entre o início do QRS e o final da onda T.
O SEGMENTO
ST: Vai do final do QRS ao inicio da onda T.
MEDIDAS DO NORMAL:
Todas estas ondas e intervalos tem
duração e amplitude específicos que representam a sua normalidade:
ONDA P- dur.-0,08-0,11sec/amp.-0,25mv
INTERVALO
PR-dur.-0,12-0,20 sec.
COMPLEXO
QRS-dur-0,06-0,10.sec/amp.-Q-<4mm/R-<25mm
-S-<20mm.
ONDA T-amp.0.5-12mm
SEGMENTO
ST-desnivelo <1mm
INTERVALO
QT-dur.0,35-0,44 sec(na mulher a duração é maior. Varia com
a frequência cardíaca).
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